“Taubaté é uma cidade racista.” A frase é do professor aposentado e militante Silvio Prado, convidado do mais recente episódio do podcast Conexão com Lucas Lousada. Ele não disse isso por provocação, mas por constatação — e com embasamento histórico, político e social. Em tempos de silenciamento e apagamento, é preciso coragem para dizer o óbvio.

Durante uma conversa franca e profunda, Silvio revelou como as raízes coloniais ainda ditam o presente da cidade. A resistência à criação do Conselho Municipal de Igualdade Racial (Compir), a rejeição às cotas raciais e o conservadorismo institucional não são eventos isolados — são sintomas de uma estrutura que insiste em negar reparação à população negra e indígena.
Ao relatar como a elite de Taubaté festejou a rejeição do Compir, o professor expôs o medo da organização popular: “A classe dominante teme a organização como o diabo teme a cruz”. E mais — lembrou que cotas não tratam de representatividade proporcional, mas de justiça histórica: “Mesmo que fosse 1% da população, esse 1% tem direito à reparação.”

Se você sonha com uma cidade mais justa, onde o passado é enfrentado e não escondido, este episódio é para você. É um convite à indignação lúcida, à organização ativa e ao despertar de uma consciência coletiva. Não é apenas sobre Taubaté — é sobre o Brasil. É sobre entender que democracia de verdade só existe quando todos têm espaço para viver com dignidade.
Silvio termina com um chamado emocionante: “Se não puder fazer coletivamente, comece sozinho.” A luta antirracista é urgente, e ela começa quando você decide não se calar.
▶️ Assista agora o episódio completo do Conexão com Lucas Lousada
Share this content: