🎭 “TAUBATÉ TEM QUE PEDIR DESCULPAS”: SILVIO PRADO DETONA REPRESSÃO À CULTURA POPULAR EM EVENTO PÚBLICO

Cultura Notícia

🔥 Professor e militante faz discurso inflamado no Fórum Setorial de Cultura e denuncia perseguição institucional à cultura popular em Taubaté

“Essa cidade aqui tem que pedir desculpas a Bob Nascimento. O que fizeram com o Terça Sintonia foi um crime contra a cultura popular.”

📍 Uma fala que parou o Fórum

No último dia 15 de maio, o Fórum Setorial de Cultura de Taubaté foi palco de uma das falas mais contundentes e provocadoras dos últimos tempos. Silvio Prado, professor, militante histórico e sindicalista da APEOESP, abriu seu discurso jogando luz sobre o que chamou de “horror institucional contra o povo”. Com palavras firmes, acusou a cidade e suas autoridades de reprimirem sistematicamente manifestações culturais populares.

“O Júnior Ortiz e toda a sua Câmara Municipal fizeram de tudo para acabar com a Terça Sintonia, que reunia até 2 mil pessoas na Praça da Rodoviária Velha. Disseram que fazia barulho, mas era só porque era cultura feita por gente pobre e preta.”

👁️Conservadorismo, racismo estrutural e silêncio institucional

Silvio não poupou críticas. Segundo ele, há um conservadorismo enraizado em Taubaté, que sufoca qualquer expressão cultural que venha da periferia ou dos movimentos populares. “Taubaté é um poço de conservadorismo. A cidade tem horror ao que é feito por e para o povo”, disparou.

E mais: fez questão de destacar que a repressão não é apenas passada, mas presente e contínua. Lembrou que até hoje a cultura popular é marginalizada, enquanto festas religiosas — especialmente de cunho cristão — são tratadas como prioridade com financiamento público.

“Festa de igreja é cultura com verba. Mas se for terreiro, não pode. Isso não é Estado laico, é hipocrisia institucionalizada.”

💥Um chamado à consciência e à mobilização

No seu tom mais dramático, Silvio compartilhou o desabafo de um artista local que desistiu da carreira. “Ele me disse: ‘vou virar mendigo, jogar tudo fora, tô cansado de ser humilhado’”. Para o professor, esse é o reflexo direto de um sistema que mata a cultura popular aos poucos, pela negação, pela humilhação e pela falta de incentivo.

Silvio também criticou a ausência de cultura nas escolas públicas: “Nem escola mais acolhe a cultura popular. O que não se encaixa na cartilha conservadora, não entra.”

“A cultura popular é a verdadeira voz do povo — e é justamente por isso que ela é reprimida. Porque é crítica, é viva, é perigosa para o sistema.”

Hora de dar nome aos bois — e reagir

Silvio encerrou sua fala com um apelo à luta e à vigilância. Disse que não acredita em discursos de valorização da cultura popular vindos de instituições conservadoras, e que é preciso perder ilusões e se organizar com base na realidade dura do povo.

“As igrejas hoje são a grande inimiga da cultura popular. Vão querer me cancelar por dizer isso, mas é a verdade. Quem protege o povo não cala sua voz.”

Para além das palavras, ele anunciou um evento cultural popular no dia 24/05, na subsede da APEOESP, junto à Feira de Produtos Orgânicos, com participação de artistas como Bob Nascimento, Toninho Prado, Fernando Bispo, Bob Nascimento entre outros! Confira a programação clicando aqui.

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A fala de Silvio Prado reacendeu debates incômodos, porém urgentes. Seu recado foi claro: quem faz cultura do povo, com o povo e para o povo, precisa de mais do que palmas — precisa de espaço, respeito e investimento. E, acima de tudo, precisa de coragem para enfrentar as estruturas que ainda insistem em silenciar as vozes mais autênticas do Brasil.

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