Em um grupo de WhatsApp destinado aos servidores municipais de Taubaté, veio à tona uma denúncia grave e vergonhosa: a ausência de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) básicos como luvas, botas, capas de chuva e até mesmo produtos de limpeza, como água sanitária. Mais alarmante ainda é que essa precariedade não é novidade — alguns relatos apontam que o descaso já vinha acontecendo na gestão do ex-prefeito Ortiz Junior.

“Estamos sem LUVAS para limpar banheiros, botinas, capas de chuva”, denunciou um servidor no grupo, seguido por outros colegas que relataram que, em diversas ocasiões, tiveram que tirar dinheiro do próprio bolso para continuar realizando seus trabalhos essenciais. “Pior que muitas vezes eu comprei do meu bolso na gestão do Júnior, até água sanitária, infelizmente”, desabafou uma funcionária.

Outro servidor reforçou a crítica: “Eu também… Mas já ganhamos pouco e ainda ter que comprar até luva e ainda não sermos reconhecidos”.

O que está acontecendo com Taubaté?
Estamos falando de trabalhadores da linha de frente — aqueles que, mesmo em silêncio, mantêm escolas, unidades de saúde, prédios públicos e banheiros limpos e funcionando. São pessoas que, apesar dos baixos salários, enfrentam chuva, riscos biológicos e má estrutura para cumprir suas funções. E o mínimo que o poder público deveria oferecer — segurança no trabalho — está sendo negligenciado.
A pergunta que não quer calar: onde está a gestão atual diante dessas denúncias? Por que um município como Taubaté, com orçamento milionário, não consegue garantir itens básicos de proteção para os seus servidores?
Reincidência de negligência
Mais revoltante ainda é saber que essa não é uma situação nova. A própria menção à gestão do ex-prefeito Ortiz Junior evidencia que a falta de EPIs é um problema crônico, que atravessa governos e escancara o abandono da categoria.
O que deveria ser exceção tornou-se regra: o servidor público pagar para trabalhar. E se alguém ainda acha que isso é normal, está na hora de repensar urgentemente o conceito de dignidade no serviço público.
Indignação e urgência
Esta denúncia precisa ganhar voz. É inadmissível que servidores sejam expostos a riscos por omissão da gestão municipal. Não se trata apenas de falta de luvas ou botas — trata-se de respeito, de reconhecimento e de valorização de quem carrega nas costas a estrutura da cidade.
A Prefeitura de Taubaté deve explicações. E os servidores, mais do que respostas, exigem respeito e providências imediatas.
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